segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sobre essência e aparência...

Não quero discutir aparência e essência do ponto de vista econômico e, muito menos ainda do ponto de vista político. Caminho por onde me interessa: análise de discurso e história, ou seja, articulação de texto com contexto .
Em termos verbais essência se resume no verbo SER e aparência no verbo ESTAR. Em termos históricos a essência existe pra poucos e a aparência reina. Não é frase minha, nem tampouco coisa nova, mas uma coisa é fato: vivemos um mundo de aparências. Pior, o ser confundiu-se com estar e uma série de perdidos e desesperados acreditam que são o que aparentam ser. Parece confuso mais não é! rs
Como disse na primeira frase que não ia discutir isso do ponto de vista econômica, vou me calar e não fazer análises sérias, históricas e desesperadas a respeito da atual crise econômica e de sua relação com o capital especulativo e, principalmente flutuante. Marx fica no meu coração, na minha mente, mas por hora permanece fora do blog. Também não vou falar sobre o resultado das eleições...Ainda estou digerindo umas coisas e comemorando outras.
É óbvio então que como sou uma" grandissima idiota, ser humano limitado, ridícula que só usa10% da cabeça" vou falar de ralacionamentos...hehehe
Como alguns sabem eu tenho fama de ser extremamente racional para com os outros ( Parafraseando o Caraméeelo: nunca racional comigo, apenas com os outros!!) e, nessa brincadeira escuto sempre os desabafos de amigos e cada vez mais tenho percebido que quando o assunto é envolver-se com outra pessoa nós fingimos!
Fingimos inteligência, maturidade, sensualidade, graça, gostos, presença, atitudes (ou falta delas), timidez, sorrisos... Quase tudo é fingimento e assim nos acostumamos! Não há espaço para SER, apenas para ESTAR!
A conclusão também é obvia: quando conseguimos construir algo com alguém está tudo impregnado de mentiras e joguinhos que precisam de renovação todos os dias, por outro lado se você for sincero está fadado à rejeição...
O mais engraçado nessa brincadeira é que a grande armadilha é ser sincero. Falamos a verdade e ainda somos acusados de jogar, de falsear... Está cada vez mais difícil jogar limpo, as pessoas fingem tanto, se preocupam em excesso com as aparências que esquecem quem elas realmente são e ficam profundamente embaraçadas quando notam sinceridade em alguém.
É feio SER!! Bonito mesmo é ESTAR! Fale a verdade e seja punido com a rejeição. A rejeição dos que não sabem lidar com o fato de que para algumas pessoas SER é mais importante que ESTAR!
Por isso amigos se vocês querem a companhia de alguém, finjam!! Principalmente minhas amigas lindas e inteligentes, finjam!! Homens não gostam de mulheres inteligentes demais, logo lembrem-se de falar "é mesmo?" ou, "nossa, que interessante! não sabia...fala mais".
Mulheres bem resolvidas então não são aceitas de jeito nenhum! Nunca diga que não quer namorar, que quer apenas colo e sexo bom e com intimidade, finjam: pressionem o sujeito, façam chantagem (de preferência a mais rídicula: "sexo benzinho, nãoooo....só namorando!)....hahuhauahauaha
Mocinhos não achem que sou cruel... É apenas uma constatação! Mais ai vai uma dica pra vocês: aprendam a dizer não, de vez em quando a sinceridade é o que a garante a "garante"...
No mais, sigo sem procurar e sem esperar nada pra mim... Não estou disposta a entrar em nenhum jogo, a fingir nada e muito menos ainda a fazer chantagem e meu maior medo é continuar sendo rejeitada pelo que sou, visto pelos cegos como uma simples aparência. Ando só, cansada e cada vez mais apaixonada por mim.

PS: Na linguagem econômica há duas noções de valor: "valor de troca" pautado na importância que damos as mercadorias e o "valor de uso" que seria pagar pelas coisas exatamente o que elas valem. Valor de troca é aparência, valor de uso essência. Uma pérola vale bem mais do que um quilo de feijão... Mas me digam: o que é de fato essencial na nossa vida? Uma pérola ou um quilo de feijão? Cuidado com o valor aparente das coisas!
PS2: Eu prometo que em algum momento eu faço jus a teoria do valor com um texto menos simplista. Não briguem comigo, mas não estava na pilha de fazer um artigo acadêmico. rs

5 comentários:

Salsa disse...

Se você desencanar, aparece lá na Lama. farei um sonzinho básico com Juliano Gauche.
Beijos,
Salsa

Lhéo disse...

Nossa vc realmente se superou nesse post, gostei!! E viva a mas-valia, meu abdomem sarado, minha barba feita e cabelo cortado.

bjundas

erickaduda disse...

NÃO!

Valor de uso é muito mais difícil... mas, quanto vale me usar? "uso" é uma palavra muito pejorativa... e na sociedade de aparências a "troca" seria muito mais lucrativa. não é mesmo? ai ai.. não quero pensar... vc fez jus às minhas reflexões, inclusive já discutimos isso no bar hehehe.

Leonardo Prata disse...

Ah Grazi, nem tudo é mentira. E você nem sempre diz a verdade. Entre ser e estar deve ter uma suruba de estados da existência.

Salsa disse...

"sendo ou não sendo", hoje tem som lá na Stael, rua sete de setembro, com o Fino do rock.