Bom, o título está ótimo né? Logo, vocês podem deduzir que não é meu....É do Subcomandante Marcos, de um documento publicado em 23 de dezembro de 1995.
O propósito era bem simples: mostrar que os revolucionários também são sensíveis (elemento importante no contexto de lançamento da carta) e também para nos permitir conhecer o exercício de romance de Marcos que tenta definir o amor através de dois de seus personagens. Primeiro a menina Toñita:
“ El amor es como una tacita de té que cada día se nos cae al suelo y se quiebra en pedazos, de madrugada se juntan los pedazos y, con un poco de humedad y tibieza, se pegan y hay tacita de nuevo. El que está enamorado se pasa la vida temiendo la llegada del día terrible en que la tacita estará tan rota que ya no será posible unirla”.
Depois o escaravelho Durito:
“El amor no es más que una complicada balanza dice Durito. De un lado se ponen las cosas buenas y del otro las cosas malas. El amor será tan largo como el tiempo en que la balanza buena supere en peso a la balanza mala. El que ama se pasa la vida acumulando pesos y cuidados en la balanza buena. Tanta es su atención en ese peso que se olvida de la balanza mala. Nunca entenderá cómo un pesor, que apenas sería una pluma de suspiro, volvió la balanza a favor del desamor en forma contundente, definitiva, irremediable...”
Marcos sempre me fascinou! Fiquei um ano sem mexer nos meus textos, nas cartas e comunicados. Não sei o que me deu e, essa semana voltei a ler tudo... Desde 1º de janeiro de 1994... Quando cheguei ao final de 1995 reli o documento citado que não é muito mais do que está dito acima. Fiquei com uma infeliz pulga atrás da orelha, pensando o que poderia ter acontecido em plena Selva Lacandona pra fazer o Sub. falar de amor às vésperas do natal?
“Todo mundo fala de amor” é isso que a musiquinha do Edson Gomes diz. Talvez essa seja uma das respostas... Eu acho que estou mais inclinada a falar do desamor ou, de outras necessidades... Já disse em outro momento que ando muito cansada e, talvez nessas últimas duas semanas esse cansaço tenha mexido no meu senso direção: Estou perdida!!
Não sei direito o que eu quero e muito menos ainda como agir. Não gosto de esperar pelos outros: sou muito ansiosa, sofro por antecipação, choro, fico carente, sinto saudades, sou insegura... Aff!! Sei que isso é normal, mas odeio estar vulnerável!! E o pior, nem sei o que está me deixando vulnerável!! Ou melhor, eu sei!! Mas prefiro fingir!! Assim me mantenho perdida e posso continuar sem fazer nada....
PS: Texto tão perdido quanto eu... Há quem diga que o excesso de remédios para o infeliz ciso me deixou mais disléxica que o normal...Vai saber!!
2 comentários:
Escrevi, um dia, sobre isso:
Aviso aos navegantes I: "Amar é moto"
Aviso aos navegantes VII
A rota a seguir nunca foi segura
apesar dos luminosos faróis,
dos astrolábios ofertados
e do macio catre em que sonhei
ter conquistado todos os mares,
todas as ilhotas perdidas,
todos os recantos ermos,
sacrossantos e pagãos...
foi lá nas macias e cálidas profundezas
onde sussurrei meus delírios de posse
que me vi prisioneiro.
Aí, Graziela,
O Fino do Rock (eu, Juliano Gauche e Gustavo Macaco) estará no Café Touché, em Vila Velha, nessa quinta-feira (21/08). Aparece lá e leva os amigos.
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